sábado, junho 16
difuso
Difusos ficam os contornos do oceano e do céu na linha de horizonte, o sítio onde se encontram e se fundem.
A terra marca-se e demarca-se, pelo mar que se estatela nos penhascos, pela espuma que salpicante esvoaça, pela escultura das rochas.
E tem vezes em que as nuvens parecem mais seguras, mais hábeis numa singela flexibilidade volátil.
Gosto de ver à distância e ao longe. E de ir chegando perto, como quem vê mal e se abeira para se certificar. Ou como quem se crê na mediação das distâncias, em que o longe e o perto, como o ausente e o presente, se tornam difusos.
(foto de Hrg)
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6 comentários:
Ao entrar neste espaço, deparo-me com este texto lindíssimo, cheio de musicalidade. E é claro que, de modo suspeito, o título me chamou a atenção :)
Reparo que este blog é recente e por isso o prazer de o ter encontrado é ainda maior, pois posso e irei certamente acompanhá-lo.
E foi com a maior das surpresas que vi um link para os meus selos difusos :)
Que seja longo o Voo de Dédalo e que muitas sejam as descobertas ao longo de tal viagem.
Esvoaçante amiga,
Que bom ter-me sido indicado por ti o caminho para aqui chegar, lugar de promissores Voos, povoados de História, de Mitologia, de Sonhos, de Fantasia.
Virei visitar-te muitas e muitas vezes, tentando acompanhar o teu novo percurso e voar contigo, se possível.
Beijos. Sê feliz!
Olá esvoaçante,
Segui a pista que deixaste no blogue da Maria Carvalhosa e vim ter aqui. Gosto do que vejo. Começo auspicioso para este blogue.
Deixo os meus votos de felicidades.
Grata, Carteiro... Viajemos próximo, então :) E que sejam longos ambos, os selos e os voos!
Sendo que, Postman, a cada etapa dos caminhos, nas bifurcações, escolher é também, e igualmente, escolher-Se.
Maria, é bom saber-me em tão gentil e imaginativa companhia :)
e, de resto, seria de esperar.
Beijos, fica bem.
Olá, Mafalda, então encontrar-nos-emos, aqui ou ali, no meu ou no teu canto.
Auspiciosamente.
:)*
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